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Sou professora. Apaixonada de carteirinha pela alfabetização, adoro dar aula para o 1º e 2° ano fundamental,sou uma pessoa que acredita que ainda faremos uma educação de 1º mundo,gosto de tudo que é novo, e gosto de estar me atualizando, enfim não gosto de rotina.

sexta-feira, julho 10, 2009

ANA MARIA MACHADO (VAMOS SABER UM POUCO MAIS SOBRE ELA)

PESSOAL ! EU TINHA UMA ALUNINHA DE 1ª SÉRIE QUE SE CHAMAVA ANITA, HOJE ELA DEVE ESTAR NO 5º ANO E EU COSTUMAVA BRINCAR MUITO COM ELA. EU DIZIA:-- ANITA BONITA DO LAÇO DE FITA ! POR QUE ELA SE PARECIA MUITO COM ESSA MENINA DO LIVRO, ELA USAVA UMA FITA DESSE JEITINHO AÍ.
HOJE ME DEU SAUDADES DESSA MENINA. UM BEIJINHO ANITA BONITA DO LAÇO DE FITA. DEUS TE ABENÇÕE TODOS OS DIAS DE SUA VIDA! ( tia sora)


História de Ana

Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 33 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 17 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de dezembro.

Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de Arte Moderna e fez exposições individuais
e coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na Universidade Federal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje.

Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e faculdades, escreveu artigos para a revista Realidade e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações. No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política se mostrou insustentável.
Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar professora em Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril.

A volta ao Brasil veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio durante sete anos. Escondida por um pseudônimo, Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros.

O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, pelo conjunto da obra.

Em 2003, após quatro meses de uma campanha trabalhosa, Ana Maria teve a imensa honra de ser eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor.

Aprendi a ler sozinha, com menos de cinco anos. Depois de deixar minha professora e minha mãe assustadas (acharam que poderia fazer mal!), comecei a mergulhar em leituras como o Almanaque do Tico-Tico e os livros de Monteiro Lobato. Foi nesse período que encontrei o livro que marcaria a minha vida para sempre: Reinações de Narizinho.

Era uma boa aluna e vivia ganhando prêmios – em geral livros, da família. Uma das minhas redações foi tão elogiada e premiada que a mostrei em casa. Meu tio Nelson, que estava lá, levou o texto para o meu tio Guilherme, folclorista – e essa acabou sendo a minha estréia literária. Devidamente assinado e aumentado, porencomenda da revista Folclore, saiu publicado meu Arrastão, sobre as redes de pesca artesanal em Manguinhos. O meu orgulho supremo foi que a revista não falava que o texto tinha sido feito por uma menina de doze anos.

A minha adolescência foi repleta de livros, que me proporcionaram grandes prazeres e descobertas. Ficava abismada com o jeito de escrever de grandes autores e cronistas, como Rubem Braga. Na escola, em casa e com meus amigos, estava sempre rodeada de gente que também gostava de curtir a vida tendo bons livros ao seu lado.

Exemplar da Recreio.


Recebi certo dia uma ligação da Editora Abril, me chamando para escrever em uma nova revista voltada para crianças, e que se chamaria Recreio. Não acreditei no convite, afinal era professora universitária, nunca tinha feito nada parecido. Mesmo assim, insistiram em mim e acabei topando. A revista fez um sucesso imenso, e acabou abrindo caminhos para a nova literatura infantil brasileira.

ma conquista histórica





Eu era muito amiga do doutor Evandro Lins e Silva. Minha irmã foi casada com um filho dele, então a
gente conviveu muito. Ele várias vezes me falou que eu deveria me candidatar, que ele gostaria muito de me ver na Academia. E quando ele morreu eu fiquei muito triste com o acontecido, mas pensei que a
hora era aquela.




Com o Dr. Evandro Lins e Silva
durante cerimônia de premiação
do Prêmio Machado de Assis
na ABL em 2001


Em recepção ocorrida na Editora Nova Fronteira, com os acadêmicos Evanildo Bechara, Alberto da Costa
e Silva, Murilo Melo Filho no dia da eleição para a ABL

Todo mundo que escreve tem uma vontade de participar da Academia, é algo natural. É o mesmo que um jogador de futebol querer entrar para a seleção, um desembocadouro natural.
A campanha foi muito trabalhosa, mas acima de tudo, proveitosa. Foi uma oportunidade de chegar perto de pessoas muito interessantes que de outra forma eu não teria como conhecer.



Depois de quatro meses onde procurei encontrar pessoalmente cada um dos acadêmicos, para me apresentar e à minha obra, tive a imensa honra de ser eleita para ocupar a cadeira número 1, que tem como patrono Adelino Fontoura, e cujo fundador foi Luís Murat.


Ana entre os imortais
presentes à sua posse



Já diplomada, assumindo
a cadeira nº 1.


Essa escolha é muito significativa, pois até hoje nenhum autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhida para a Academia. Nem mesmo Monteiro Lobato conseguiu quando se candidatou.



Como fiz questão de lembrar nas primeiras entrevistas que dei após a eleição, sou muito grata a duas outras autoras que abriram os caminhos para essa consagração. Uma delas foi Rachel de Queiroz, por ter sido a primeira mulher a ser escolhida para a Academia e ter aberto as portas para todas as que vieram depois.


Se preparando para assinar o
livro de posse, encaminhada
por Cândido Mendes



Ao lado do presidente da Academia, Alberto da Costa e Silva


A outra autora que foi fundamental em minha trajetória de escritora e me incentivou muito a me candidatar foi minha querida amiga Ruth Rocha.
A repercussão da minha escolha foi outra coisa maravilhosa que aconteceu. Compartilhe aqui um pouco do carinho recebido através do site.



A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003. Faz parte da tradição da Academia quem está tomando posse homenagear o antecessor. Para mim, essa tarefa foi muito prazeirosa, já que pude falar de afetuosas lembranças do meu convívio pessoal com o meu querido amigo Evandro Lins e Silva. O meu discurso de posse está disponível (num arquivo em formato PDF) para quem quiser ler.


Sendo cumprimentada por
Bia e Pedro Correia do Lago



Com Claudia e Paulo Henrique Amorim


Fui recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha, que lembrou, em seu discurso, das outras cinco mulheres que alcançaram essa mesma honra, recordando que, já na fundação da Academia, "Lúcio de Mendonça, a quem todos devemos a idéia de se fundar esta Academia, (...), incluiu o nome de Julia Lopes de Almeida. Foi vencido duas vezes, mas pela imprensa insistiu na mesma tecla, em favor do ingresso de escritoras na Casa de Machado de Assis. ".







1.

Bisa Bia, Bisa Bel

Com mais de 2.500.000 exemplares vendidos, a história de Bel e sua bisavó Bia mostra com ternura essa relação tão delicada.




2.

Menina Bonita do Laço de Fita

História de uma menina que, de tão bonita, deixa até um coelho apaixonado.




3.

De Olho nas Penas

Miguel desvenda os segredos do mundo em uma viagem feita nas costas de um pássaro.




4.

História Meio ao Contrário

Você vai encontrar aqui uma história meio diferente, que começa exatamente no fim das outras histórias normais. Curioso(a)? Você ainda não viu nada.




5.

Aos Quatro Ventos

História de uma lenda fabulosa contada para os dias atuais, onde se aproveita para discutir temas como ecologia, esoterismo, informática e cultura.




6.

Bem do Seu Tamanho

Criança cresce depressa, e acaba deixando todos confusos. Na vida tem idade para tudo, e são esses pode-isso-mas-não-aquilo que acabam deixando a menina Helena aturdida.




7.

O Canto da Praça

Com uma linguagem extremamente atraente, é denunciado no livro a corrida armamentista e, em paralelo, contada uma história de amor moderna.




8.

Como e por que ler os clássicos universais desde cedo

Ler é um direito. Que nem comida. Todo mundo ter ao seu alcance e de preferência, de boa qualidade.


















 
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